A garantia do produto ou serviço é obrigatória e um direito do consumidor.
Isso mesmo, todo produto ou serviço vendido tem um prazo obrigatório previsto na legislação em que o vendedor se responsabiliza por defeitos.
As empresas também criaram prazos adicionais de proteção, como a garantia estendida.
Embora em alguns casos beneficiam o consumidor podem se tornar uma armadilha para incentivar o consumo e gastos desnecessários.
Neste post você vai entender:
- Como funciona a garantia?
- Como ficar atento para evitar problemas e gastos desnecessários?
# Garantia – Prazos Obrigatórios!
Para que você compreenda bem a questão, saiba que os prazos de reclamação por defeito são os seguintes:
- 30 (trinta) dias para reclamar de vício ou defeito de produto não durável (um alimento por exemplo);
- 90 (noventa) dias para reclamar de vício ou defeito de produto durável (um eletrodoméstico por exemplo).
A contagem do prazo de reclamação para defeitos evidentes e de fácil constatação inicia-se a partir da efetiva entrega do produto ao cliente.
Para defeitos de difícil constatação a contagem do prazo de reclamação inicia-se a partir do momento em que o defeito é constatado ou se torna evidente.
Se você comprou um automóvel, por exemplo, e após 06 (seis) meses de uso ele começou a falhar por defeito de fabricação, você terá até 90 (noventa) dias a partir da evidência do problema para reclamar na assistência técnica e obter o conserto sem nenhum custo.
Entenda que o defeito não se confunde com sinistro!
Por esse motivo, a garantia não cobre danos com acidentes, uso inadequado do produto ou peças sujeitas a desgaste natural.
É fácil perceber que o prazo de garantia legal e obrigatório que apontamos acima é suficiente para que um produto com defeito se manifeste e o consumidor seja reparado por eventuais danos.
# Garantia ou marketing?
Os prazos adicionais de proteção por defeitos são instrumentos de marketing para fazer você consumir mais!
Um automóvel com garantia de 03 (três) anos ou até mesmo 05 (cinco) anos ostenta aparência de confiabilidade.
Contudo, como defeito não se confunde com sinistro nem desgaste natural do produto, este prazo nada acrescenta ao consumidor.
Pelo contrário, para manter a suposta cobertura o consumidor começa a seguir as regras ou especificações da montadora, sendo que entre as regras mais comuns está a da revisão.
Para não perder a garantia o consumidor começa a utilizar as concessionárias autorizadas, com preços de produtos e serviços maior.
Além de ostentar confiabilidade as montadoras conseguem manter o cliente vinculado consumindo serviços e produtos caros por mais tempo.
A tendência é que os prazos de cobertura se tornem cada vez maiores por motivos óbvios.
# Garantia estendida vale a pena?
Se os prazos adicionais de proteção são instrumentos de marketing, que nada acrescenta ao consumidor, o que dizer da garantia estendida que faz o consumidor pagar um valor adicional para tê-la?
Na verdade, o consumidor está contratando um seguro para cobrir o que já está coberto e protegido pelas leis de direitos do consumidor.
Por esse motivo a garantia estendida se torna sem sentido para o consumidor e altamente lucrativa para o vendedor!
Lembre-se que defeito não se confunde com sinistro! É óbvio como o consumidor, sem refletir, acaba sendo enganado.
Recomendamos que você fique bem atento às técnicas do comércio para fazer você consumir mais, pagando pela proteção do produto contra defeitos que na realidade é obrigatória e um direito do consumidor!